27 de fev. de 2008

Pedras no Caminho

Por: Marizete Furbino

Na vida pessoal, assim como na vida profissional, o administrador encontra inúmeras pedras no decorrer do caminho. Costuma-se encontrar uma pedreira em meio à caminhada, mas, terá que agir com muita inteligência, muito equilíbrio emocional e muita paciência, para conseguir fazer com que tais pedras, sirvam de degraus para sua subida. Transpor obstáculos exige, além de maturidade profissional, muita sabedoria.

O administrador deverá fazer de cada obstáculo, um desafio a ser perseguido, e fazer de cada barreira a ser vencida, uma oportunidade, assim, terá maior probabilidade de alcançar sucesso profissional e permanecer no mercado.

Os obstáculos, bem como os desafios, funcionam como um tempero na vida de qualquer administrador, pois, são eles, um dos responsáveis pela motivação do mesmo.

Reconhecer limites, não fazendo destes, limitações, é de suma importância, pois, a partir deste reconhecimento, vem o crescimento.

Fazer uma auto-análise torna-se imprescindível para que o administrador melhore não apenas como profissional, mas principalmente como pessoa. Reconhecer erros, analisá-los, e transformá-los em acertos, é um trabalho formidável, que exige além de muita maturidade profissional, muita sabedoria, é o que deve todo administrador procurar aprender, e fazer.

O administrador deve reconhecer que grandes desafios contribuem para seu crescimento e que períodos de crise passam. Não se podem esquecer que por isso são chamados de períodos.

As tribulações, que porventura surgem, no decorrer da caminhada de um administrador, dentro de qualquer organização, contribuem e muito no que tange ao crescimento pessoal, pois, ensina ao mesmo a vencer as próprias limitações e a continuar vivendo com determinação e coragem, melhorando muito enquanto pessoa e enquanto profissional.

Equilíbrio emocional se tornou palavra de ordem e manter-se neste estado, em momentos de conflito e tensão, constitui um dos quesitos indispensáveis para o administrador do século XXI.

Ter maturidade profissional para enfrentar críticas, mesmo sabendo que injustas, mas, enfrentá-las de cabeça erguida, consiste em outro quesito imprescindível que deve ter o administrador.

Um quesito importantíssimo em um administrador chama-se humildade. Ter coragem e humildade para reconhecer seus erros, capacidade para pedir perdão, capacidade para reconhecer o valor do outro, constituem preciosidades em um administrador.

O administrador não é obrigado a morrer de amores por seus colaboradores, mas, deve respeitá-los, preocupando-se sempre, em não só trabalhar em prol de um bom convívio, mas, ser capaz de proporcionar um ambiente de trabalho harmonioso e transparente, onde exista de fato a valorização de todos os integrantes do processo, propiciando assim, a troca de conhecimentos. Afinal, o administrador foi contratado pela organização para gerar lucratividade e não amizade. A amizade pode fluir, mas é conseqüência de todo o processo.

As adversidades surgidas contribuem cada vez mais, para que o administrador se transforme em uma rocha, em uma fortaleza, pois, como conseqüência das mesmas, além de se tornar um portador de resiliência, vencerá as dificuldades, aprimorando suas atitudes e comportamentos, obtendo-se assim, o crescimento.

26 de fev. de 2008

Reclamar resolve?

Por: Valdineia Bernardino

É muito comum nas empresas, seja elas pequenas, médias ou grandes, ouvir seus colaboradores reclamando de tudo.

Reclamam de salário, do chefe, do colega, da carga horária, da empresa, enfim, de tudo. Será que essas pessoas já pensaram que ao invés de viver reclamando não seria melhor parar e pensar o porque disso tudo? Porque eu ganho pouco, porque meu chefe pega no meu pé, porque trabalho mais que o outro...

Essa pessoa é mesmo a vitima da empresa? Vamos imaginar agora que você é assim, “o reclamão”.

Pense se você está fazendo tudo, o máximo pela empresa, pense em suas ações, seus atos. Será que muitos problemas corriqueiros da empresa não seriam resolvidos se você participasse mais das soluções e não do time das reclamações? Conheça as dificuldades de todo mundo.

Pense se você está fazendo tudo, o máximo pela empresa, pense em suas ações, seus atos. Será que muitos problemas corriqueiros da empresa não seriam resolvidos se você participasse mais das soluções e não do time das reclamações? Conheça as dificuldades de todo mundo.

Certa vez um colega de trabalho me disse que eu precisava ganhar mais, que meu salário era muito pouco e que eu deveria pedir um aumento, minha resposta foi taxativa? ‘ Eu ganho pouco, mas eu também posso oferecer mais para empresa e só vou me achar merecedora de um melhor salário quando eu der à empresa um melhor desempenho.

Existem pessoas que usam as reclamações para esconder suas deficiências, seria como eu dizer que eu não faço mais pela empresa porque ganho pouco.

Aquela antiga propaganda de uma famosa marca de biscoitos já dizia: “Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?”

Sempre devemos nos colocar do outro lado antes de formar nossas opiniões. Se coloque do lado da empresa e veja se você como empresário gostaria de ter um colaborador como você. Da mesma forma, você empresário, analise se sua empresa e aquela que você gostaria de trabalhar, mas seja honesto em sua análise.

Tenha criatividade, se arrisque, tente, não relacione suas fraquezas com as fraquezas dos outros. Faça o máximo de si, leve solução ao seu chefe, não problemas. Não busque respostas nos outros antes de ter certeza que você não as tem.

Ter iniciativa é melhor que ficar inventando desculpas e motivo pra tudo.

Não reclame, o tempo que você perde é muito precioso e não volta, gaste-o bem.

Preste atenção em suas escolhas de hoje, elas são o seu futuro.

Gênio é uma pessoa talentosa que faz a "lição de casa".

Por: Aldo Novak

Todos nós temos limitações, mas temos também um potencial quase inacreditável.

Você nasceu com um cérebro meio vazio, do tamanho de um tomate pequeno, mas este mesmo cérebro já estava totalmente preparado para absorver mais conhecimento do que o cérebro de qualquer criatura, das outras espécies, que vivem no planeta.

Você já é um gênio, como você descobrirá ao ler este artigo escrito por Aldo Novak. Ainda assim, muitas vezes você não se sente tão genial. Por que isso acontece?

Gorilas, leões, leopardos, flamingos, águias, abelhas, assim como todos os outros seres vivos, das diferentes espécies da Terra, têm capacidades físicas que, cada um a seu modo, superam em muito a sua. Alguns são mais fortes, outros mais rápidos. Alguns voam, outros respiram debaixo d`água, e há aqueles que têm vidas muito mais longas que eu ou você jamais teremos.

Mas nenhum animal conhecido supera aquele cérebro do tamanho de um tomate, que nasceu com você, e que hoje é do tamanho de um mamão papaia. Impressionante, quando você pensa nisso, não é?

Você já era um gênio quando deu o primeiro berro, ou quando teve que ter as fraldas trocadas. Se somarmos todos os animais, mamíferos, aves, peixes e insetos que povoam a Terra, veremos que há muitos bilhões de criaturas. Nenhuma delas nasceu tão brilhante quanto você.

Mas, ainda que isso seja verdade (e o é), você raramente se compara com uma rã, ou com um coelho, quando tem que se avaliar. O normal é você, ou eu, nos compararmos aos outros seres humanos (em parte, uma perda de tempo). Por isso, tendemos a esquecer que somos (pelo menos nesse momento) o ápice do desenvolvimento biológico na Terra.


Se todos nós somos gênios, quando comparados com o resto das espécies, qual a diferença que pode nos tornar gênios dentro da nossa própria espécie? O que tornaria você 'um gênio'?

Uma só característica: r-e-s-u-l-t-a-d-o-s.

Einstein não é considerado um gênio por causa de suas fórmulas matemáticas, mas pelos resultados que conseguiu com elas; Da Vinci, Edison, Ghandi ou qualquer das outras pessoas consideradas geniais, sempre conseguiram resultados espetaculares, antes de serem aclamados como gênios; esses resultados, nem sempre são positivos, mas sempre são resultados claramente observáveis.

Agora vem a parte boa: você não tem que ter um QI estratosférico para fazer algo genial. Edison, que queimou milhares de lâmpadas, antes que a primeira funcionasse, acreditava que o verdadeiro gênio aparecia quando uma pessoa lutasse até conseguir os resultados que queria. Ele disse: 'Gênio é uma pessoa talentosa que faz a lição de casa.'

O que Edison queria dizer é que 'talento' não é a chave do sucesso, mas sim a ação, foco, treinamento, dedicação, paixão e comprometimento com o fazer. E, claro, com o trabalho silencioso de se preparar para os desafios. Isso é a lição de casa.

Sonhadores não são gênios -- e costumam ser esquecidos muito rapidamente. Os gênios são aqueles que, depois de sonhar, conseguem sair da cadeira e fazer as coisas acontecerem. São os fazedores que se tornam os gênios do mundo. Os realizadores. Os construtores. Os que 'colocam a mão na massa'.

Você nasceu pronto para que o treinamento de vida prepare suas habilidades e para que você atinja seu máximo potencial. Por isso, ao contrário das crenças ultrapassadas e equivocadas, você não nasceu para ser médico, ator, escritor, vendedor ou trapezista de circo.





Você pode ser tudo isso, ou nada disso. Porque você já nasceu pronto, ou pronta, para ser qualquer dessas coisas, desde que tenha foco, treinamento, dedicação, paixão e comprometimento com o fazer, a ação.

Lembre-se de Edison: gênio é uma pessoa talentosa que faz a lição de casa.
Agora responda: você tem uma coisa muito importante para fazer nos próximos dias, não tem? E você já fez a sua 'lição de casa'?

Motivação ou automotivação? A escolha é sua!

Por: Wagner Campos

Se buscarmos as origens e os significados mais profundos sobre a motivação, retroagiremos décadas e décadas e teremos dezenas de significados, conceitos e pontos de vista. Encontraremos centenas de teorias interessantes e até mesmo complexas. Porém, todos direta ou indiretamente concluirão a mesma "essência" do que é motivação.


Mas não é o significado de motivação que será o escopo deste artigo, e sim, sua importância, seu envolvimento, sua influência positiva ou negativa em caso de ausência, junto à vida das pessoas. Ouvimos com freqüência alguém falando que "não está motivado" em seu trabalho, "não está motivado" com seu casamento, namoro, curso, vida, que está desmotivado. Paralelamente a isso, busca uma alternativa para culpar, ou seja, apresentar uma justificativa para seu desinteresse por algo, como se não fosse uma decisão pessoal.


Durante toda a nossa vida passamos por momentos que muitas vezes causam um grande desgaste - decepção, frustração, ou indignação - e ficamos emocionalmente fragilizados. Mas passamos por centenas de momentos que nos causam alegria, orgulho, satisfação e realização. Sentimentos estes, que causam euforia e vontade de "quero mais". As lembranças que iremos guardar dos momentos vividos depende de nossa escolha, do que damos mais importância para nosso crescimento intelectual, pessoal, afetivo e profissional.


E é justamente a escolha destas lembranças passadas (boas ou más) que estarão definindo nosso presente e futuro. Há pessoas que escolhem recordar constantemente de seus maus momentos. Assim, passam grande parte do tempo irritadas, desmotivadas, insatisfeitas e deixam de dar atenção à sua qualidade de vida. Já aqueles que optam em recordar os bons momentos e também utilizar os possíveis maus momentos como um aprendizado, desenvolvem mudanças pessoais, se encontram mais acessíveis, fazem planos e possuem uma boa qualidade de vida.


Ser "motivado a" fazer algo é ser dependente de um combustível que pode terminar a qualquer momento e será necessário buscar nova fonte de energia para esta motivação. É estar aberto a maiores frustrações, por gerar expectativas sobre algo ou pessoas, diferente do que poderá acontecer e do que poderão realizar.



Ser "motivado a" é aguardar algo acontecer, algo externo, que não depende exclusivamente de você, e sim de algo que o motive, o conquiste, o leve realizar. É realizar algo que poderá dar errado, pois você não desejou realmente realizar aquilo, apenas aproveitou o momento para realizar.


Ser "motivado a" realizar algo é ter alguma coisa que o leve a realizar, chame sua atenção, desperte seu interesse criando a curiosidade de vir a participar ou colaborar com algo. Já ter AUTOMOTIVAÇÃO é se manter programado para buscar de maneira continuada aquilo que acredita, deseja e faz parte de seu ideal.


A pessoa automotivada reconhece seus erros, desenvolve novas estratégias, reorganiza seu plano de vida, divide suas alegrias com as pessoas próximas, tem bem definido o que deseja conquistar em sua vida e o que é prioridade. Não se abala pelo cansaço, devido ao excesso de tentativas, mas demonstra euforia pela oportunidade em poder buscar o sucesso, realizando novamente de forma mais precisa.


Ser automotivado é amanhecer tendo a certeza de que irá fazer algo novo, fazer o comum se tornar diferente. O automotivado encara seus desafios como oportunidades de aprendizado e autodesenvolvimento. Quando uma pessoa é automotivada, passa a ver as situações de formas positivas; em vez de desenvolver expectativas, cria possibilidades; em vez de utilizar o tempo justificando um novo problema, potencializa o tempo apresentando uma nova oportunidade; em vez de apontar culpados pelos fracassos, demonstra interesse em treinar novos vencedores.


Ser automotivado é ir além. É não precisar viver sendo empurrado e incentivado. É lutar por tudo o que acredita, pelo desenvolvimento humano e pessoal, pelas realizações pessoais, pela conquista ética de seus objetivos. É ter a energia inesgotável em seu coração, em sua alma e utilizar a mesma para aquecer e gerar energia em todas as pessoas à sua volta, fazendo que todos vejam outros caminhos a seguir.


Motivar é mover. Automotivar é avançar. Onde você se encontra? Movendo coisas ou avançando em busca de seus objetivos?

25 de fev. de 2008

Lenda Árabe

Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram.

Um deles acabou agredindo ao outro. Ofendido, este, sem nada a dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:
- Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:
- Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde nem o mais forte dos ventos será capaz de apagar.

A Filosofia de um Sapateiro


Foi em um desses eventos para executivos, sobre planejamento estratégico que encontrei um antigo vizinho e que me fez lembrar do Sr. Luigi Bianco.

Gigio – era assim que todos nós o chamávamos - era um sapateiro no bairro do Brás em um tempo que já faz parte da história, quando, por lá, falava-se meio cantado, influência da forte imigração italiana.

O velho Gigio, não tão velho – não passava dos quarenta – embora, para nós, meninos de doze e treze anos que jogávamos bola na rua, ele era um senhor - tinha a simpatia e o respeito de toda a vizinhança: além de ser um bom sapateiro, era solidário e prestativo com todos, na alegria e na tristeza, sempre pronto a ajudar, além de suas falas filosóficas que narrava tão bem à sua platéia: seus fregueses que ficavam por ali enquanto ele dava uma “manutenção” em seus pares de sapato.

Ninguém como ele colocava tão bem uma meia-sola, os sapatos saíam como novos de sua oficina! Ele realmente gostava da sua profissão.

Foi uma de suas falas que me fez lembrar do bom artesão: estava eu em sua sapataria com ele a costurar uma bola de capotão – ia ter “jogo contra” e a “redonda” tinha que estar em forma! – quando chega o filho da Dna. Maria do 21, com um par de sapatos, o único que ele tinha, para arrumar. O menino, mais velho do que eu, estava com um ar não sei se de preocupado ou assustado e o Gigio também notou, tanto que foi logo perguntando:

- Hei, paisà! Qual é o problema? Porquê esta cara de choro?
– responde o menino: É “seu” Gigio, fui fazer um teste lá na Matarazzo do Belenzinho e fui reprovado, vou ter que continuar trabalhando na venda do senhor Adiz. Emprego como aquele não se encontra todo dia...
- “Bella Roba” – respondeu-lhe o sapateiro – Se perdeu a oportunidade de arrumar um novo emprego hoje, amanhã arruma outro igual ou melhor! – e continuou ele – Emprego é como sapato: você tem que escolher bem, não é só o modelo que importa, precisa calçar de acordo com o seu pé, se a firma tem uma imagem pra fora bonita, mas com um ambiente de trabalho schifoso é como sapato da moda que aperta os dedos do pé: todo mundo admira, mas você sofre um bocado para andar e não vê a hora de chegar em casa para se livrar dele. Agora, se o sapato for largo, também não é bom, é como um emprego honesto como você tem hoje e que não dá muita importância e não se dedica o necessário – cuidado! Um dia o sapato sai do seu pé e você perde algo que só vai perceber a falta quando não tiver mais.

- Por isso, caro amigo, encontrando um emprego, não importa se é em uma grande companhia ou se vai lhe pagar um rio de dinheiro, o que importa é se o que você faz lhe agrada e o ambiente seja bom, que haja vida! Neste caso, use sapatos com cadarços e amarre bem eles, e sinta o seu caminhar firme e pra frente. Este vale a pena segurar!

Claro que a gente fica triste, pois emprego é uma segurança, segurança da sua cabeça que você hoje não vai entender, mas, mais tarde, vai saber que a coisa mais importante desta vida é a sua própria vida, é fazer o que se gosta, a felicidade é só sua, de ninguém mais. Por isso, tira esse ar de tristeza da cara e avanti... a vida tem muito para lhe oferecer e o trabalho é uma dessas coisas, mas, lembra, não é tudo! O par de sapatos é importante para proteger os pés, mas você nasceu sem eles.

Muito tempo já se passou! O jovem preocupado em nossa história, que, por coincidência, encontrei naquele evento sobre planejamento estratégico, ocupa hoje uma posição de diretor financeiro em uma grande empresa e continua com aquele olhar triste. Quase lhe perguntei sobre os seus sapatos...

Hoje não existe mais bola de capotão, muito menos sapatos que recebem meia-sola, tanto a bola como os sapatos são produtos descartáveis.

E os empregos? Estes se diversificaram um bocado! Poucos ganham muito e muitos procuram uma oportunidade em um mercado cada vez mais técnico e competitivo. Tem-se que andar muito, gastar muita sola de sapato para encontrar, nem sempre, um emprego que se ajuste à nossa satisfação. Mas, é bom lembrar: o novo par de sapatos não precisa estar na moda e nem custar um dinheirão. Como diria o velho Gigio com seu sotaque romano: O importante é ser honesto e ter um emprego decente – Bons tempos aqueles...

E você, anda com os seus sapatos firmes? Não esqueça de lhe dar uma manutenção, uma engraxada de vez em quanto, para preservar o couro e ele lhe responder de forma macia ao seu pisar. Agora, se eles estão lhe apertando os pés, dê um jeito de trocá-los e se não for possível, procure amolecer o couro, consulte um velho sapateiro para ajudá-lo ou, caso contrário, você continuará a sofrer, mas mantendo as aparências!

“Bella Roba!”

Por: Luiz Carlos Hummel Pires

Consultor Señor do Grupo Executives

24 de fev. de 2008

Arquétipo da Transformação


A Fênix é uma ave da mitologia. Teria existido na Etiópia, causando admiração aos egípcios, gregos e árabes. Esta seria forte como a águia e bela como o pavão. Era também imortal. Quando pressentia a morte aproximar-se, jogava-se sobre as chamas, até consumir-se. Então, ressurgia das próprias cinzas! Por isso a Fênix é citada por gnósticos e cristãos como símbolo da renovatio: a experiência de renovação total, de coração e atitudes, que faz da pessoa uma nova criatura, renascida das próprias cinzas.

Falando sobre esse assunto, outro dia me lembrei de uma matéria que passou National Geographic Channel, falava sobre uma águia que construia seu ninho em paredões verticais, e lá criava seus filhotes. Estes ninhos eram feitos em pequenas depressões nestes paredões, e seus filhotes eram criados "confortavelmente" alguns meses até estarem aptos a voar.

Chegado o momento dessas pequenas aves levantarem vôo, os pais pousavam em nos galhos das árvores a algumas dezenas de metros abaixo ou ficavam voando em circulos em baixa altitude, ignorando o chamado do filhote.

Existiam três possibilidades ao filhote:
  1. ficavam no ninho e morriam de fome;

  2. pulavam e caiam para a morte certa

  3. aprendiam a voar
Notem que a ave só tinha uma única chance, pois é óbvio que escolhiam voar, mas nesta única chance é que as pequenas criaturas mostravam todo o seu valor e determinação.

Fazendo um paradoxo à nossa existência, penso que eventualmente devemos nos transformar, precisamos provar nosso valor e finalmente quando pressentir o fim de uma Era, renascer das cinzas.