24 de fev. de 2008

Arquétipo da Transformação


A Fênix é uma ave da mitologia. Teria existido na Etiópia, causando admiração aos egípcios, gregos e árabes. Esta seria forte como a águia e bela como o pavão. Era também imortal. Quando pressentia a morte aproximar-se, jogava-se sobre as chamas, até consumir-se. Então, ressurgia das próprias cinzas! Por isso a Fênix é citada por gnósticos e cristãos como símbolo da renovatio: a experiência de renovação total, de coração e atitudes, que faz da pessoa uma nova criatura, renascida das próprias cinzas.

Falando sobre esse assunto, outro dia me lembrei de uma matéria que passou National Geographic Channel, falava sobre uma águia que construia seu ninho em paredões verticais, e lá criava seus filhotes. Estes ninhos eram feitos em pequenas depressões nestes paredões, e seus filhotes eram criados "confortavelmente" alguns meses até estarem aptos a voar.

Chegado o momento dessas pequenas aves levantarem vôo, os pais pousavam em nos galhos das árvores a algumas dezenas de metros abaixo ou ficavam voando em circulos em baixa altitude, ignorando o chamado do filhote.

Existiam três possibilidades ao filhote:
  1. ficavam no ninho e morriam de fome;

  2. pulavam e caiam para a morte certa

  3. aprendiam a voar
Notem que a ave só tinha uma única chance, pois é óbvio que escolhiam voar, mas nesta única chance é que as pequenas criaturas mostravam todo o seu valor e determinação.

Fazendo um paradoxo à nossa existência, penso que eventualmente devemos nos transformar, precisamos provar nosso valor e finalmente quando pressentir o fim de uma Era, renascer das cinzas.

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