Por: Antônio Carlos Rodrigues
Para cumprir diretrizes e conquistar objetivos, toda empresa ou instituição minimamente organizada procura projetar metas a serem cumpridas. Como existem algumas empresas que superestimam demasiadamente metas que nunca são cumpridas, de forma contraditória nestas empresas nasce e se fortalece uma crença de que "as metas foram feitas para nunca serem atingidas".
Essa crença (que é mais uma descrença) tem sua explicação: alguns dirigentes e gestores, na intenção de extrair o "impossível" de seus executivos e colaboradores, acabam por exagerar nos números a serem perseguidos pela empresa. Na minha opinião, trabalhar e fazer trabalhar assim, é para além de paradoxal, bastante desanimador.
Paradoxal pelo fato de ser algo inatingível por princípio. Quer dizer: a cúpula da empresa coloca diretrizes que caminham sempre para o impossível. E desanimador pelo fato de que o ser humano não deve se alimentar de algo que desde o início já não acredita. Quando isso acontece, em pouco tempo, as equipes passam a trabalhar com forte desmotivação. E neste momento, um pensamento coletivo começa a surgir: "Ora... Se nunca conseguimos bater a meta, para que se esforçar".
Concordo que devemos imprimir esforços na superação dos próprios limites, caminhando sempre para frente e para cima. No entanto, isso se faz alimentando a capacidade do time em conquistar e não em se angustiar. Pois são a angústia e a frustração que restarão como resultado maior devido aos insucessos repetidos.
Mas, deixando todos estes conceitos de lado, para que mesmo servem as metas? Essa palavrinha às vezes é capaz de causar pânico aos executivos e executivas que compõe os departamentos comercial e de marketing das organizações. Mas o que há de tão importante nas metas de uma organização? Embora pareça óbvio, quero debater com vocês alguns pontos importantes e nem sempre considerados a respeito disso.
A meta para uma organização - Em síntese é um objetivo (e/ou conjunto de objetivos) a ser alcançado dentro de um tempo determinado. E para que servem? Muito mais que um mero patamar, as metas funcionam como uma bússola apontando as diferentes diretrizes que uma empresa pretenda seguir. Muitos resumem a meta aos valores de faturamento e ao lucro da empresa, o que é um erro. Na verdade, o faturamento e o lucro, são apenas a referência visível de uma série de intenções e compromissos que devem ser igualmente alcançados e que com a conquista dos números desejados, torna-se possível o seu financiamento pela empresa. As metas funcionam bem para que se determine, por exemplo:
- A ampliação do faturamento e da lucratividade;
- Os investimentos em tecnologia, informática e telecomunicações;
- Investimento nas pessoas com programas de desenvolvimento e capacitação;
- Programação de compra de novos equipamentos estratégicos ao negócio;
- Aumento de participação e conquista de posições nos mercados de atuação (regionais, nacionais e/ou globais);
- Lançamento e consolidação de produtos e serviços;
- Melhoria da percepção da imagem institucional junto aos clientes consumidores;
- Financiamento de planos de crescimento e expansão;
- Criação de reserva financeira para momentos de contingência e reinvestimentos;
- Distribuição de dividendos aos acionistas e investidores;
Enfim... Essa lista pode receber "N" outros itens. Tudo depende das necessidades e prioridades de cada empresa. Agora uma coisa é certa: tudo isso (e muito mais) só é possível quando a empresa é oxigenada de recursos que advém diretamente de seu volume de vendas.
Pensem nisso, bom trabalho e até a próxima!
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